Seca descomunal mas suportável

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Live like there will be no tomorrow ... Learn as you would live forever...

domingo, setembro 11, 2005

Sob o risco de reacender a questão do relacionamento entre o desenvolvimento de um país e o quão frio é......

..... gostava de dizer que acho, e é daqueles achares que vêm do coração, que a inquisição não vingou em Inglaterra porque lá é difícil acender fogos.



Notas:
Se começarem a dizer que os países que aderiram à Reforma são hoje mais evoluídos quer mental quer economicamente do que os que permaneceram agarrados à Igreja de Roma, eu amuo.

A falta de letra maiúscula na palavra "inqusição" é propositada

domingo, agosto 28, 2005

People don't respect the power of words

I could elaborate on it. Make it into a wonderfully crafted post on the subject, fill it with intelligent humorous remarks, and after we've all have a few laughs, we would just return to our ordinary lives without letting anyone touch our precious little way of life.


This time, and only this time, i will try to make a difference (relax, the easy-going, peped-up kind of depressed Bruno will return in a few moments, allow me just this one sin). I'll just blurt it out and maybe if its in such a plain way, people will actually correspont positively to my appeal.

Don't use the word forever.

Drifting

I used to think there was no excuse for boredom. You could feel hate, love, misery and pain. Just not boredom. I thought that to be bored was to give up on life. I thought that there was always something there to enjoy, be it a feeling, be it a bad feeling, a painful one, or the way the world itself is and exists. I thought that if someone was bored it simply meant that he was too blind to see all the beauty around them and everything that life is and should be enjoyed. I saw boredom as a waste. A waste of time, a waste of life, a waste of love to be given and received. And, in my mind, a waster was the worse thing one could be.


And that's how, in these boring summer days, i must hate myself in order to be coherent.

terça-feira, agosto 23, 2005

Lessons of nature

Comprendo perfeitamente os animais que matam o cônjuge. Geralmente é a fêmea que mata o macho depois de este a engravidar, o que simultaneamente serve o propósito de ensinar a lição aos humanos e permitir a sobrevivência da espécie. E que lição é esta, mais uma daquelas que a natureza nos quer, por força*, ensinar, perguntam os leitores. Para vos explicar, vou usar um pequeno exemplo.

Considerem um rapaz. Chamemos-lhe Onurb, nome escolhido ao acaso. E imaginem que este rapaz terminou recentemente uma relação (com outra pessoa), relação essa na qual viveu momentos de verdadeiro regozijo. E viveu-os com essa outra pessoa. Certo dia, vendo que os momentos altos há muito que o iludiam, Onurb decide terminar a relação, optando pelo método não fatal conhecido como "Não és tu, sou eu", muito popular à época. Assim, a outra pessoa permaneceu viva, o que significa que Onurb teve de, contra todos os seus esforços desesperados, ser confrontado com a realidade. Ora, ser confrontado com a realidade era, para alguém tão emocionalmente jovem como Onurb, algo de verdadeiramente insuportável, já que se foi "feliz"(sic), foi porque se deixou enreder numa total ilusão do que era aquilo que o rodeava, com particular ênfase no que era a pessoa que estava à sua frente. Um pouco como uma moca de LSD, só que mais duradoura e com mais efeitos secundários.

E é assim que chegamos à parte pela qual todos esperavam. O dilema. Ora, neste caso, a questão que se põe (além de, é claro, que raio de nome é Onurb?) é, evidentemente, tem Onurb o direito de assassinar a pessoa, emuldurando assim a sua "felicidade" de modo a caber no consolo da lareira e para sempre poder carregar o peso da culpa e do amor perdido, como forma de alimentar uma sua até aí atemática vertente poética? Ou terá mesmo Onurb de se fazer homem?

O código penal não nos permite fazer esta escolha, e, pelo andar da carruagem, daqui a nada até pensar (nisso) será proibido. Contudo, e enquanto podemos, fica uma sugestão para discussão num serão de família, de preferência durante o Natal.


*por força ou à força? - fica para um próximo post.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Whatever happened to complex pleasures?

Today's people seem, at best, ignorant of the immense pleasure effort-requiring enjoyment can bring. People simply don't have time for this type pleasure anymore. They can't waste more than 3 minutes on a song more than they can in having sex. It's all about getting it done. They want it delievered at their doorsteps and with an "easy-to-open" case. And imagine me realising this. Me, who always thought it was just plain common sense that if one enjoys something one will want it to last. It seems clear that most people wouldn't agree. At least they wouldn't act on it. I mean, they actually consider foreplay a price to pay to have sex. And they also do, although not admiting to it, consider sex the price to pay to have a "slightly better than a Jenna-Jameson-provided " orgasm. I, in a contrast with most people, as it seems, actually enjoy having sex, and, kill me on the spot for heresy, it's build-up.

It is clear that this post has a trigger. They all do, but some are more specific than others. This one's very specific. It's Gustav Mahler's 9th Symphony. I just listened to it for the first time and, just to give you an idea, I felt I was flying at certain parts of it. Trully amazing. The thing is that this kind of enjoyment, the pleasure it was and in a way still is, is of a different breed of pleasure than those we have in our daily life. It's higher. That doesn't mean it's better than a good expreesso and a cigarrette or than a good wine-drenched dinner with friends. It just means you can't compare them.

The thing about this kind of pleasure is that it's hard work. It is really, it's not easy to fully perceive all the different things that are going on at the same time, and by far harder still is letting your body interpret the music in whatever way it sees fit. But the really hard part is letting it touch you. Actually touch you.

I thought it didn't even need saying, but from what I see of this "Fast pleasure - get what you expect and at a reasonable price"-type society, i'll state what should be obvious. The difficulty to achieve the pleasure enhances it.

terça-feira, agosto 16, 2005

A vantagem de se usar chinelos

De repente fez-se uma luz no meu horizonte e descobri o quão vantajoso é o uso de chinelos no lugar de qualquer outro tipo de calçado. Aliás o único tipo de calçado que rivaliza com o chinelo é mesmo a ausência de calçado, ou seja, andar descalço. No entanto, este último perde para o chinelo principalmente quando temos de sair a rua, especialmente quando se tem vizinhos com cães.
O chinelo é virtuosamente o calçado perfeito só pelo simples facto de eliminar o uso de meias, de eliminar o suor e permitir um arejamento quase a 100%, pois ainda temos uma parte do pé coberta com um estreito fio ou borracha. No entanto, é bastante bem arejado o pé (enfim...). O chinelo causa ainda a impressão de que a perna é maior, isto se for usado em conjunto com uns calções, o que potencia a estética. Mas não é a estetica que conta para mim, o que realmente me da prazer é o facto de ter aquela liberdade nos dedos dos pés, aquela sensação de "ena posso mexer os dedos a vontade nem que seja pa me divertir a ve-los mexer sozinhos". Sei que pode parecer estranho mas é a verdade, eu gosto muito de mexer os dedos dos pés. Enerva-me imenso usar qualquer tipo de calçado que não me o permita fazer.
O chinelo é usado há diversos séculos, sendo que apenas um outro tipo de calçado apareceu primeiro, que foi o já referido "pé descalço". O uso deste tipo de calçado foi substituido pelo uso de chinelo num ano qualquer antes de cristo. E sim, a razão foi essa mesma, os vizinhos tinham cães...e quando se saia a rua de pé descalço...o pé entrava em casa descalço sim, mas sujo também...e assim se vulgarizou o uso do chinelo. Por seu turno, os calçados que cobrem todo o pé decorreram como é óbvio do aumento de vizinhos com cães e do aparecimento assim de zonas onde um simples chinelo já não assegurava a proteção adequada ao nosso querido pé. Claro está que se sacrificou a liberdade de movimentação dos dedos dos pés.
O uso do chinelo reaparece todos os anos na época de verão em grande força, e estudos efectuados indicam que é o tipo de calçado mais usado nesta época.
O chinelo tem muitas vantagens mas a principal vantagem do chinelo é que se pode tirar a qualquer momento e ser usado como arma de combate a moscas ou mosquitos. Infinitas as vezes que acordei a meio da noite e recorri a esta maravilhosa arma para poder ter um sono mais tranquilo sem um zumbido estúpido constante.
E assim me despeço, como sempre, sem mais assunto (e desta vez houve mesmo um assunto).

Morte social

Abandono. Sinto-me um animal de estimação que não cabia na mala do carro. Fico práqui, à espera, a ver se estou vivo quando o meu dono voltar. Explico. Perdi o meu telemóvel. Ele que, no fundo, é o meu dono. E é meu dono porque encerra todos os meus contactos telefónicos. Os meus contactos. É verdade que continuo a ver pessoas no meu dia-a-dia, e tenho o contacto de outras por outros meios, como o Msn. Mas é ainda assim um rombo grande. Muito grande. E o que o torna mais sentido foi ter sido o rombo de algo com o qual eu contei. Muitas vezes dei uma volta na minha cabeça e no meu telemóvel a um conjunto alargado de pessoas que já não via à muito tempo, por viverem longe, ou termos tido percursos que nos separaram. A todas essas pude até à uma semana telefonar para saber como estão, talvez tomar um café e, quem sabe, fazer sexo. O que é facto é que o fiz poucas vezes. Mas as vezes que fiz valeram a pena. E, agora que perdi esse privilégio, sinto-me idiótico por não ter dado o devido valor ao que tive. É uma lei básica da vida, que já todos tivemos a oportunidade de experienciar, nós, os que sabemos ler, porque já perdemos algo. E por muito que digamos que da próxima vez vai ser diferente, a verdade é que não vai. Já o sabíamos.

Resta-me apenas telefonar à senhora da Vodafone e pedir a "segunda via", o que significa que estarei sem qualquer contacto com as pessoas quando eu desejar tê-lo, e será apenas quando as outras pessoas o quiserem exercer que o poderei reatar.

E, para terminar, deixo uma nota humorística de lado postivo sem piada nenhuma:
Pelo menos sempre nos dá uma desculpa para não telefonarmos às pessoas que não queremos telefonar.

Como ficou explícito, o facto de não existirem regras poderá estar relacionado com algum sentimento de claustrofobia noutras vertentes da esfera da realidade, mas também pode não estar. Claramente neste caso não está, apenas se achou por piada fazer um post sobre regras que não existem, ou seja, conseguio-se uma piada, e sublinhe-se, uma piada bem conseguida.
No entanto, para além de uma piada é também uma regra a inexistência de qualquer regras a excepção da regra de estipula a inexistência de qualquer regra, e assim por diante. As conclusões que se podem retirar são assim que uma piada pode ser uma regra, assim como, uma lista de regras inexistentes podem ser uma piada bem conseguida.
Sem mais assunto (o que é um pouco sórdido já que não houve nenhum assunto neste post na realidade), termino o meu rascunho (note-se que a denominação de rascunho foi apenas introduzida de modo a defender o autor no que se refere a sua (inexistente) qualidade de escrita).

Temas a serem abordados neste blog:

Sexo, música, desporto, cinema, vida, sexo, clichés, casinos, golfe, como preparar deliciosos cozinhados com pouco esforço, como preparar deliciosos cozinhados enquanto faz sexo e como preparar deliciosos cozinhados com apenas 2 metros de arame farpado enfurrujado e uma bisnaga de pasta de dentes. É possível que percamos ainda algum tempo a falar de sentimentos, mas comprometemo-nos a colocá-los no devido lugar, que é depois do sexo.

Queriamos começar por mostrar as regras de funcionamento deste blog. E são elas:


Obrigado pelo vosso tempo.


P.S.:Nenhum dos intervinientes fala pelo(por) outro(s). Se falo no plural é puramente por questões de afagamento de ego.